Evento de descomemoração do Golpe Militar no Brasil promoveu intensa programação de debates na fronteira

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Encerrou-se na noite da última terça-feira (20), com uma mesa de debate na Universidade Federal do Pampa, a programação do evento de descomemoração do golpe militar, intitulado “Tudo está gravado na memória: os 50 anos do golpe militar no Brasil”, organizado pela Prefeitura Municipal de Jaguarão, através das Secretarias de Cultura e Turismo e da Educação e do Desporto, do Curso de Licenciatura em História, Instituto Mário Alves, SIC, MNLM, e Comitê pela Memória, Verdade e Justiça, de Pelotas e Região.

A mesa de encerramento contou com a participação dos professores Lauro Borges e Guilherme da Silva e foi voltada à discussão dos reflexos do período do poderio militar na atual conjuntura do país, com o enfoque em temas relacionados à democracia, movimentos sociais e as legislações de segurança nacional e antiterrorismo.

As atividades do evento, que apresentou uma extensa programação de debates em diferentes locais da cidade e exibição de filmes, foram realizadas entre os meses de abril e maio, reunindo diferentes públicos, entre estudantes, professores, membros da administração e do poder legislativo e pessoas da comunidade em geral.

Entre os destaques da programação, podem ser citadas as mesas sobre a “Operação Condor”, ação conjunta de repressão a opositores das ditaduras instaladas nos seis países do Cone Sul, cuja função principal era neutralizar e reprimir os grupos que se opunham aos regimes militares montados na América Latina, o debate sobre “A Ditadura e o Capital”, que pautou o financiamento do golpe, e a mesa sobre o Movimento cultural na luta contra a Ditadura, realizada no Ponto de Cultura Clube Social 24 de Agosto.

O evento reuniu alguns dos principais pesquisadores sobre temas da Ditadura Militar do Rio Grande do Sul, entre professores universitários e pesquisadores de entidades organizadas da sociedade civil. Também contou com a participação especial de ativistas e ex-presos políticos, que lutam pelos direitos humanos, entre estes a uruguaia Yvonne Trías, que esteve presa por treze anos na Argentina e o jaguarense Cláudio Maria Ricardo, anistiado político, que militou no Grêmio Estudantil da Escola Espírito Santo e esteve preso na Enfermaria Militar, sendo considerado o preso político mais jovem do Estado.

Em todo o país, ao longo do ano, os temas da Ditadura Militar continuarão amplamente debatidos por conta do aniversário de 50 anos do golpe e está prevista, ainda para 2014, a entrega do relatório final da Comissão Nacional da Verdade, que apontará uma série de recomendações para a reversão dos reflexos da ditadura no cenário atual do Brasil.

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